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segunda-feira, agosto 29, 2011

Pense bem, faça mais Conhecer sua maneira de pensar pode ajudá-lo a cumprir metas. Saiba como organizar as ideias para ter mais resultados

 - Crédito: ® Tato Araujo, ®2 Raul Junior


O administrador de empresas paulista Álvaro Barros, de 36 anos, gerente-geral da Viacom, programadora americana de televisão, reserva as duas primeiras semanas do ano para fazer uma lista de suas metas para os próximos 12 meses. "Divido em duas partes: os objetivos pessoais e os profissionais", diz.

Cada uma das abas é subdividida em diversos temas. Filhos, finanças, férias e saúde ficam na aba pessoal. Novos clientes, aumento de receita e contratações são alguns dos assuntos inseridos na aba profissional. Ao terminar, Álvaro imprime o documento e, pasme, coloca-o em uma pasta que o acompanha no dia a dia. Toda segunda-feira de manhã ele faz uma grande revisão dos objetivos.

É quando Álvaro desdobra as grandes metas em ações pontuais. "Minha primeira atividade é a preparação dos objetivos da semana", diz. Diferentemente da listagem anual, suas metas podem sofrer algumas alterações no decorrer do mês. Pode ser que você ache Álvaro extremamente metódico. Ele, porém, encontrou uma maneira eficiente de concretizar seus objetivos e minimizar as frustrações no trabalho e no plano pessoal.

"Já perdi a ilusão de cumprir tudo. Mas, sem dúvida, com esse método realizo muito mais coisas do que se não o fizesse", diz Álvaro. Existem várias formas de executar uma meta. O natural, no entanto, é fazê-lo sempre à mesma maneira — aquela a qual estamos acostumados e que já sabemos que dará certo. Especialistas em estilos cognitivos (ou estilos de personalidade) comentam que usar a mesma fórmula de execução tem vantagens, mas que há situações em que o método estruturado tem de dar lugar a um processo mais livre, mais criativo.

Se você trabalha em projetos distintos ou com equipes diferentes e não compreende esse ponto, corre o risco de entrar em atrito com o time ou o gestor da tarefa. "Estruturar o objetivo ajuda a alcançá-lo com agilidade e eficiência", diz Gazi Islam, professor de comportamento organizacional do Insper, de São Paulo. Mas viciar-se em um método de estruturação pode ser arriscado.

Gazi lembra que, até os anos 1980, fixar um objetivo e traçar caminhos para concretizá-lo era a regra. Estudos mais recentes passaram a contestar essa teoria. "Para funções criativas ou voltadas à inovação, o ideal é ter uma cabeça mais aberta e deixar o fluxo rolar, sem fórmulas", diz.




Qual é o seu estilo? 
O ponto de partida é conhecer sua forma de pensar. De acordo com um estudo recente dos cientistas americanos Kachina Allen, Steven Ibara, Amy Seymour, Natalia Cordova, e Matthew Botvinick, o cérebro usa dois modelos básicos de planejamento. O primeiro afirma que uma ação leva a outra. Por exemplo: primeiro faço A, depois faço B para chegar ao C. O segundo diz que duas ações simultâneas são mais eficazes para atingir um objetivo.

Ou seja, faço A e B ao mesmo tempo para chegar ao C. Para Rafael Alcadipani, professor adjunto da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), de São Paulo, no entanto, existem muitos outros modelos de planejamento mental. "O mais importante é saber qual é seu jeito de chegar ao resultado. Para isso, é preciso experimentar e descobrir qual fórmula funciona melhor para si." Essa é a maneira de detectar os erros e corrigi- los nas próximas execuções. "Também é a forma de identificar os êxitos e repeti-los", diz Jane Souza, consultora da Soma Desenvolvimento Corporativo, de São Paulo.

Conhecer de que maneira você planeja e executa suas ações pode ajudá-lo a cumprir seus objetivos com mais eficiência e aumentar os acertos. O efeito da prática pode ter impacto no seu bolso, já que os bônus são pagos por resultado. Agora, o maior benefício pode ser o fato de não ter de se deparar com aquela sensação, no final do ano, de que outros 12 meses se passaram e você não conquistou o que pretendia.

Confiança na intuição
AlAn Strozenberg, vice-presidente da agência de publicidade Z+, de 41 anos, e Max Petrucci, presidente da Garage interactive Marketing, de 43 anos, confiam na experiência que acumularam com os anos de trabalho e apostam na intuição para alcançar objetivos. "eu não faço anotações, tampouco elaboro diagramas. entendo qual é o objetivo e vou atrás dele", diz Max, da Garage. alan age da mesma forma: "Vou atrás da minha intuição", diz. a ciência define a intuição como a contribuição pessoal dos indivíduos para a solução dos problemas.

O jornalista e escritor Malcolm Gladwell, autor de Blink – A Decisão num Piscar de Olhos (ed. Rocco), afirma que a intuição é baseada no conjunto de conhecimentos próprios, adquiridos pelas múltiplas experiências de vida.

Profissionais mais experientes tendem a ter mais sucesso utilizando o método da intuição. segundo Max, o planejamento não é totalmente livre. estabelecer pequenas metas, como objetivos intermediários, ajuda principalmente quando a equipe também está envolvida e é importante que se visualize o caminho. o método permite detectar os erros mais facilmente durante a execução e faz com que o monitoramento dos objetivos por todos os integrantes seja mais fácil.

Feio é fazer bico

Você já reu uma crítica em público? Já esteve diante de situações de pressão no trabalho em que achou que fosse ter uma crise de nervos? Já se sentiu injustiçado diante de um pedido negado, uma negociação de aumento, por exemplo? Pare e relembre como você reagiu diante de casos assim. Nesses momentos, sua esiliência estava sendo testada. 





No ambiente de trabalho, resiliência é a capacidade de resistir às pressões e às frustrações sem perder energia, sem se deformar psicologicamente. Ela é resultado da educação e da formação que recebeu ao longo da vida, desde a educação infantil às experiências acumuladas com o passar dos anos.

Diante das situações de pressão que viveu, você aprendeu a reagir, assimilar e resistir. No mercado atual, há uma escassez de jovens profissionais resilientes. Na sociedade moderna, os pais, por excesso de zelo e tempo restrito de convivência, cercaram a educação dos filhos de tanta proteção que eles não desenvolveram resiliência suficiente para enfrentar os atropelos da vida adulta.

No mercado atual, há uma escassez de jovens profissionais resilientes 

É crescente entre as grandes empresas a observação da pouca resistência dos jovens às frustrações e à pressão. Como um profissional resolve a questão? Aprimorando o autoconhecimento, dedicando-se a atividades como esportes coletivos e aprendizado de trabalhos manuais ou de instrumentos musicais. Situações desse tipo contêm desafios que podem ser gradualmente superados.

Segundo a definição do dicionário Aurélio, resiliência é a "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação. É preciso investir no armazenamento de sua energia permanente, para que você volte ao normal quando cessar a pressão".

A consciência de que sua resiliência precisa aumentar já é o primeiro passo de um caminho para ajustar seu comportamento e suas reações diante de situações duras. O que não pode mesmo, no mundo corporativo, é reagir mal e fazer bico quando for contrariado.

terça-feira, agosto 23, 2011

Por dentro da Lei de Diretrizes e Bases

O antropólogo Darcy Ribeiro 
Darcy Ribeiro, relator da Lei Federal n° 9394/96
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) - LDB - é a lei orgânica e geral da educação brasileira. Como o próprio nome diz, dita as diretrizes e as bases da organização do sistema educacional. Segundo o ex-ministro Paulo Renato Souza - que ao lado do então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a LDB que vigora até hoje - "o mais interessante da LDB é que ela foge do que é, infelizmente o mais comum na legislação brasileira: ser muito detalhista. A LDB não é detalhista, ela dá muita liberdade para as escolas, para os sistemas de ensino dos municípios e dos estados, fixando normas gerais. Acho que é realmente uma lei exemplar."

A primeira Lei de Diretrizes e Bases foi criada em 1961. Uma nova versão foi aprovada em 1971 e a terceira, ainda vigente no Brasil, foi sancionada em 1996.

Alguns pontos da LDB vigente desde então são considerados ganhos importantes para os cidadãos: "a União deve gastar no mínimo 18% e os estados e municípios no mínimo 25% de seus orçamentos na manutenção e desenvolvimento do ensino público" (art. 69); o Ensino fundamental passa a ser obrigatório e gratuito (art. 4) e; a educação infantil (creches e pré-escola) se torna oficialmente a primeira etapa da educação básica.

Um pouco de história...

Era o ano de 1986. Ainda às escuras, pelas lembranças dos idos do regime militar, se planejava no Brasil uma nova Constituição que garantisse de fato a redemocratizacão do país. Educação era pauta para as linhas que determinariam os direitos e os deveres dos brasileiros a partir do ano de 1988. Leia Mudanças educacionais na história das Constituições Brasileiras.

Muitos educadores já estavam envolvidos na discussão de um Estado-Educador que não apenas se preocupasse, mas privilegiasse a educação escolarizada, tornando o acesso e a permanência na escola, ao longo dos anos, cada vez maior, principalmente para os mais pobres.

Tanto é assim que no ano seguinte, em 1987, foi lançado, em Brasília, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública - FNDEP - acompanhado do "Manifesto da Escola Pública e Gratuita". Essa não era a primeira vez que um documento de educadores iniciava uma campanha nacional pela educação. Em 1932, sob a liderança do Professor Anísio Teixeira, os 'Pioneiros da Educação' lançaram seu manifesto, e na década de 1950, um outro foi escrito, sob a liderança do Professor Florestan Fernandes também em defesa da escola pública.

Foi exatamente nos debates organizados pelo FNDEP, abertos e com a participação da sociedade civil, que nasceu a primeira das duas propostas para a LDB. Conhecida como Projeto Jorge Hage, essa versão chegou a ser apresentada na Câmara dos Deputados. A segunda proposta foi articulada com o apoio do então presidente Fernando Collor de Mello através do Ministério da Educação e Cultura - MEC - tendo sido elaborada pelos senadores Darcy Ribeiro, Marco Maciel e Maurício Correa.

A principal divergência entre as duas propostas era em relação ao papel que o Estado deveria desempenhar no que se referia a educação. De um lado, a sociedade civil, representada pelo Projeto Jorge Hage, preocupava-se com os excessivos mecanismos de controle social do sistema de ensino. Do outro, a proposta dos senadores previa uma estrutura de poder mais concentrada nas mãos do governo. O texto final da Lei de Diretrizes e Bases, sancionada em 20 de dezembro de 1996, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da educação Paulo Renato Souza, aproxima-se mais da segunda versão, aquela apresentada pelos senadores.

PEDAGOGIA Karl Marx

Foto: Recentemente, Marx foi eleito o filósofo mais importante da história
Recentemente, Marx foi eleito o filósofo mais importante da história
Foto: Wikimedia Commons


 Karl Marx: 

“A união entre trabalho, instrução intelectual, exercício físico e treino politécnico elevará a classe operária”

Karl Marx nasceu em 1818 em Trier, sul da Alemanha (então Prússia). Seu pai, advogado, e sua mãe descendiam de judeus, mas haviam se convertido ao protestantismo. Estudou direito em Bonn e depois em Berlim, mas se interessou mais por filosofia e história. Na universidade, aproximou-se de grupos dedicados à política. Aos 23 anos, quando voltou a Trier, percebeu que não seria bem-vindo nos meios acadêmicos e passou a viver da venda de artigos. Em 1843, casou-se com a namorada de infância, Jenny von Westphalen. O casal se mudou para Paris, onde Marx aderiu à militância comunista, atraindo a atenção de Friedrich Engels, depois amigo e parceiro.
Foi expulso de Paris em 1845, indo morar na Bélgica, de onde também seria deportado. Nos anos seguintes, se engajou cada vez mais na organização da política operária, o que despertou a ira de governos e da imprensa. A Justiça alemã o acusou de delito de imprensa e incitação à rebelião armada, mas ele foi absolvido nos dois casos. Expulso da Prússia e novamente da França, Marx se estabeleceu em Londres em 1849, onde viveu na miséria durante 15 anos, ajudado, quando possível, por Engels. Dois de seus quatro filhos morreram no período. O isolamento político terminou em 1864, com a fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (depois conhecida como Primeira Internacional Socialista), que o adotou como líder intelectual, após a derrota do anarquista Mikhail Bakunin. Em 1871, a eclosão da Comuna de Paris o tornou conhecido internacionalmente. Na última década de vida, sua militância tornou-se mais crítica e indireta. Marx morreu em 1883, em Londres.

Numa de suas frases mais famosas, escrita em 1845, o pensador alemão Karl Marx (1818-1883) dizia que, até então, os filósofos haviam interpretado o mundo de várias maneiras. “Cabe agora transformá-lo”, concluía. Coerentemente com essa idéia, durante sua vida combinou o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, criando um dos sistemas de idéias mais influentes da história. Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes pedagógicas comprometidas com a mudança da sociedade. “A educação, para Marx, participa do processo de transformação das condições sociais, mas, ao mesmo tempo, é condicionada pelo processo”, diz Leandro Konder, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

No século 20, o pensamento de Marx foi submetido a numerosas interpretações, agrupadas sob a classificação de “marxismo”. Algumas sustentaram regimes políticos duradouros, como o comunismo soviético (1917-1991) e o chinês (em vigor desde 1949). Muitos governos comunistas entraram em colapso, por oposição popular nas décadas de 1980 e 1990. Em recente pesquisa da rádio BBC, que mobilizou grande parte da imprensa inglesa, Marx foi eleito o filósofo mais importante de todos os tempos.

Luta de classes

Na base do pensamento de Marx está a idéia de que tudo se encontra em constante processo de mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma realidade. Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. Segundo o filósofo, as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado.

O marxismo prevê que o proletariado se libertará dos vínculos com as forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade. Segundo Marx, o conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do feudalismo medieval. Em ambos os regimes (feudalismo e capitalismo), as forças econômicas tiveram papel central. “O moinho de vento nos dá uma sociedade com senhor feudal; o motor a vapor, uma sociedade com o capitalista industrial”, escreveu Marx.

A obra de Marx reúne uma grande variedade de textos: reflexões curtas sobre questões políticas imediatas, estudos históricos, escritos militantes – como O Manifesto Comunista, parceria com Friedrich Engels – e trabalhos de grande fôlego, como sua obra-prima, O Capital, que só teve o primeiro de quatro volumes lançado antes de sua morte. A complexidade da obra de Marx, com suas constantes autocríticas e correções de rota, é responsável, em parte, pela variedade de interpretações feitas por seus seguidores.

Trabalho e alienação

Em O Capital, Marx realiza uma investigação profunda sobre o modo de produção capitalista e as condições de superá-lo, rumo a uma sociedade sem classes e na qual a propriedade privada seja extinta. Para Marx, as estruturas sociais e a própria organização do Estado estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por isso, para o pensador, a idéia de revolução deve implicar mudanças radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de dominação da burguesia.

Marx abordou as relações capitalistas como fenômeno histórico, mutável e contraditório, trazendo em si impulsos de ruptura. Um desses impulsos resulta do processo de alienação a que o trabalhador é submetido, segundo o pensador. Por causa da divisão do trabalho – característica do industrialismo, em que cabe a cada um apenas uma pequena etapa da produção –, o empregado se aliena do processo total.

Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos. O comércio seria uma engrenagem de trocas em que tudo – do trabalho ao dinheiro, das máquinas ao salário – tem valor de mercadoria, multiplicando o aspecto alienante.

Por outro lado, esse processo se dá à custa da concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão-de-obra em troca de salário. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos fora de seu alcance. Isso os pressiona a querer romper com a própria alienação.

Um dos objetivos da revolução prevista por Marx é recuperar em todos os homens o pleno desenvolvimento intelectual, físico e técnico. É nesse sentido que a educação ganha ênfase no pensamento marxista. “A superação da alienação e da expropriação intelectual já está sendo feita, segundo Marx”, diz Leandro Konder. “O processo atual se aceleraria com a revolução proletária para alcançar, afinal, as metas maiores na sociedade comunista.”

Aprendizagem para a mente, o corpo e as mãos

Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. Para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social. O filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretações “de partido ou de classe”. Ele valorizava a gratuidade da educação, mas não o atrelamento a políticas de Estado – o que equivaleria a subordinar o ensino à religião. Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador – principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho. O mais importante, no entanto, seria ir contra a tendência
“profissionalizante”, que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função. Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção, chamada de “onilateral” (múltipla), difere da visão de educação “integral” porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por “outros adultos”. O filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar. Isso ficou para seguidores como o italiano Antonio Gramsci (1891-1937), o ucraniano Anton Makarenko (1888-1939) e a russa Nadia Krupskaia (1869-1939).

Para pensar

A alienação de que fala Marx é conseqüência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades. Você já pensou se a educação, como é praticada a seu redor, procura dar condições ao aluno para que se desenvolva por inteiro ou se responde apenas a objetivos limitados pelas circunstâncias?

segunda-feira, agosto 22, 2011

PERGUNTAS E RESPOSTAS: O QUE É E COMO FUNCIONA O FUNDEB? Conheça as características do fundo que financia a Educação Básica no País


O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) terá uma receita estimada em R$ 94,48 bilhões no ano de 2011, o que representa um aumento de 13,7% em relação a 2010 – quando contava com R$ 83,09 bilhões. Mas você sabe o que é o Fundeb e como ele funciona?
O Fundeb garante que o investimento para cada aluno da Educação Básica não seja inferior a um determinado valor. Em 2011, o gasto mínimo por estudante será de R$ 1.722,05 (era de R$ 1.414,85 em 2010). Esse valor é multiplicado por um número chamado "fator de ponderação", que varia conforme a etapa e a modalidade do ensino.
Confira abaixo as perguntas e respostas sobre o assunto:

O que é o Fundeb?
O Fundeb é um fundo que fornece recursos para todas as etapas da Educação Básica – desde creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio até a Educação de Jovens e Adultos. Ele entrou em vigor em janeiro de 2007 e deve se estender até 2020.

Quais são os objetivos do fundo?
Aumentar os recursos na Educação Básica e distribuir melhor esse investimento no País.

Como funciona o fundo?
Cada estado e o Distrito Federal têm um fundo que funciona praticamente como uma conta bancária. Os recursos dos municípios e dos estados são depositados nessas contas. Então, todo o dinheiro é somado e a União inclui sua verba. Esse total é redistribuído conforme as necessidades de cada estado. Essa distribuição é feita de acordo com o número de alunos da Educação Básica Pública.

Como é feita a distribuição dos recursos do Fundeb?
Cada estado distribui os recursos de seu próprio fundo, de acordo com o número de estudantes que estão matriculados em sua rede de Educação Básica. O número de alunos é baseado nos dados do Censo Escolar do ano anterior.
Esse método serve para distribuir melhor os recursos pelo País, já que leva em consideração o tamanho das redes de ensino. Quanto maior a demanda de alunos, maior os recursos destinados.

Qual é o valor mínimo a ser repassado por estudante?
Em 2011, o gasto mínimo por estudante será de R$ 1.722,05 (era de R$ 1.414,85 em 2010).

Todas as etapas do ensino devem receber o mesmo valor por aluno?
Não. O valor mínimo de R$ 1.722,05 é multiplicado por um número chamado "fator de ponderação", que varia conforme a etapa e a modalidade do ensino. Veja na tabela os fatores de ponderação para 2011:
 
Nível de ensinoFator de ponderação
Creche em tempo integral pública1,20
Creche em tempo integral conveniada1,10
Pré-escola em tempo integral 1,30
Creche em tempo parcial pública0,80
Creche em tempo parcial conveniada0,80
Pré-escola em tempo parcial1,00
Anos iniciais do Ensino Fundamental urbano1,00
Anos iniciais do Ensino Fundamental no campo1,15
Anos finais do Ensino Fundamental urbano1,10
Anos finais do Ensino Fundamental no campo1,20
Ensino Fundamental em tempo integral1,30
Ensino Médio urbano1,20
Ensino Médio no campo1,25
Ensino Médio em tempo integral1,30
Ensino Médio integrado à Educação Profissional1,30
Educação especial1,20
Educação indígena e quilombola1,20
Educação de Jovens e Adultos com avaliação no processo0,80
Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional de nível médio, com avaliação no processo1,20


Caso o fundo de um estado não atinja o valor mínimo de investimento por aluno, o que acontece?
Se o estado não atingir o valor mínimo fixado para investimentos por estudante da rede pública, ele recebe do governo federal o dinheiro necessário para completar o valor do seu fundo.
Em 2011, nove estados brasileiros não devem alcançar esse valor mínimo e receberão ajuda da União: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

O dinheiro do Fundeb pode ser usado em quê?
No financiamento de todos os níveis da Educação Básica. Deve ser aplicado no pagamento do salário dos professores, diretores e orientadores educacionais, e pode ser usado também em atividades como o custeio de programas de melhora da qualidade da Educação, a formação continuada dos professores, a aquisição de equipamentos, a construção e manutenção das escolas.

Quanto o Fundeb terá de recursos em 2011?
Neste ano, o Fundeb terá R$ 86,68 bilhões de contribuições dos estados, municípios e Distrito Federal. Outros R$ 8,66 milhões serão complementados pela União.

Qual a forma que a sociedade tem de controlar o que está sendo feito com os recursos? 
Os valores repassados podem ser consultados nos sites da Secretaria do Tesouro Nacional e do Banco do Brasil. É possível acessar e acompanhar os repasses por estado ou município, por origem dos recursos e por mês ou dia.

Existem instituições ou pessoas que fiscalizam a distribuição de recursos do Fundeb?
De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é responsável por coordenar e acompanhar o Fundeb, todas as movimentações do dinheiro do fundo são acompanhadas em escala federal, estadual e municipal. Para esse controle, informa o órgão, foram criados conselhos de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, cujos integrantes foram capacitados pelo Ministério da Educação (MEC).

O Fundeb é um fundo federal?
O fundo recebe verbas tanto do governo federal quanto dos estados e dos municípios. Por isso, não tem essa classificação.

Qual o mecanismo de arrecadação dos recursos do Fundeb? 
O Fundeb retira seus recursos de uma série de impostos e fundos determinados por lei na sua criação.

Quais impostos são utilizados para fornecer recursos ao Fundeb?
Os impostos pagos que compõem a arrecadação do Fundo são:
- Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios – (FPM) - são fundos, criados pela Constituição, que recebem parte dos impostos arrecadados pela União.
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - imposto embutido nos produtos, mercadorias e serviços de transporte e de comunicações.
- Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações (IPI exp) - pago por quem importa, produz ou comercializa produtos industrializados (como fogões e geladeiras, por exemplo).
- Desoneração das Exportações (LC nº 87/96) - valor que o governo federal repassa aos estados para compensar a desoneração das exportações (medida que torna a arrecadação estadual menor).
- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) - imposto pago por quem recebe bens, heranças, doações e diferenças de partilhas.
- Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) - imposto pago por todas as pessoas que possuem veículos automotores, ou seja, quem tem carros, motos, aeronaves ou embarcações.
- Cota parte de 50% do Imposto Territorial Rural (ITR) devida aos municípios - ITR é um imposto pago pelas propriedades na área rural. Seria o equivalente ao IPTU, mas na zona rural.
Nenhum dos impostos arrecadados pelos municípios faz parte do Fundeb. Os municípios já são obrigados a investir no mínimo 25% de seus tributos na Educação, como manda o artigo 212 da Constituição Federal.
 
Existia outro fundo antes do Fundeb?
Sim, era o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que estava restrito ao financiamento do Ensino Fundamental e à valorização dos docentes. O Fundeb, por sua vez, atende toda a Educação Básica e valoriza os profissionais da Educação como um todo, não só os professores.

O que permaneceu?
Tanto o Fundef quanto o Fundeb utilizam o número total de matrículas de alunos para definir quanto cada município ou estado vai receber, ou seja, a lógica de financiamento do Fundeb permanece a mesma do fundo anterior.

Içami Tiba revela ações educacionais para pais e professores da Livraria da Folha



Divulgação
Como educar para um futuro que está em contínua evolução?
Como educar para um futuro que está em contínua evolução?

O psiquiatra Içami Tiba é referência para muitos pais e educadores brasileiros, sempre omitindo sua opinião quando perguntado sobre assuntos chave que constituem nossa sociedade. Preocupado e atento às mudanças de comportamento dos jovens e a forma com que famílias e educadores têm lidado com isso, tem publicado há muitos anos livros que examinam as atuações sócio-educacionais nas escolas e lares.
Em "Pais e Educadores de Alta Performance", o autor reúne todo seu aprendizado e experiência que vivenciou como consultor de família, psicoterapeuta de adolescentes e de escolas, e sugere ações educativas possíveis e práticas para conquistar resultados positivos e satisfatórios.
Como se fosse uma conversa serena e amigável, o especialista, com mais de 40 anos de atuação, propõe mudanças significativas começando por você mesmo. Entenda o sentido de cobranças, o espírito de dividir conhecimento, escutar e ensinar com alegria e respeito.
Içami Tiba é autor de outros sucessos, como "Quem Ama, Educa!""Adolescentes: Quem Ama Educa!" e "Homem Cobra Mulher Polvo".
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O que significa Networking? e para que serve? (rede de contatos)


conceito de networking, rede de contatos pessoais e profissionais, networking

Networking é uma expressão usada para denominar a rede de contatos pessoais e profissionais, onde se tornou essencial para quem quer se manter ativo no mercado de trabalho.
Tomado erroneamente por alguns como forma de conhecer gente influente, o network, ou trabalho em rede é uma magnífica ferramenta para se conseguir viver em uma utópica sociedade trabalhista quase marxista (Moraes, 2005).
Segundo Coelho (2006) o networking é apenas mais uma ferramenta, que só será eficaz se vincularmos seu conceito de cultivar e promover boas relações, baseado em conduta ética e valor de troca, às competências, às habilidades e às atitudes de um profissional.
Ainda para Coelho (2006) a ética é primordial em tudo, assim como também na networking. Networking não é conhecer pessoas para usufruir do que elas podem oferecer e ponto final. Deve ser baseada na lei do ganha-ganha. Precisamos sempre nos lembrar de que uma moeda tem dois lados. É importante que resgatemos a conduta ética, o respeito pelo o outro. Esses valores precisam ser claros, são eles que vão nos tornar visíveis, que farão com que os contatos que adquirimos ao longo de nossa trajetória permaneçam. Nossas ações devem ser o reflexo de nossas palavras e vice-versa. Não dá para falarmos de relação com o outro sem ética, sem transparência. Uma boa rede deve ser sempre pautada nos atos de valorizar e respeitar as pessoas, no desejo sincero de ajudar.
Segundo Moraes (2005) o verdadeiro networker é quase religioso (amai-vos uns aos outros), é meio comunista (dividindo a riqueza com seus iguais), é um andarilho (não tem medo de gente, se misturando mesmo a mais heterogenia platéia).
Existe uma lei universal que rege o conceito do network: “Tudo que você der ao universo, voltará para você”!
Ainda para Moraes (2005) o network é uma ferramenta de compartilhamento de recursos e contatos. É muito mais a respeito de ceder ajuda a seus queridos companheiros, do que esperar que eles o façam por você. A mágica é justamente esta! A ajuda que você tanto precisa, vai chegar até você, sem que você precise pedir. Isto acontecerá, pois você já terá plantado as sementes certas.
O network (esta “açãozinha” de marketing pessoal por meio da qual cultivamos bons contatos profissionais, indicando-nos uns aos outros) já conseguiu grandes feitos (por bem e por mal), juntando provas irrefutáveis a seu favor!
Para Moraes (2005) antes de ser uma troca de contatos com profissionais do seu mesmo patamar, o network deve ser uma troca generosa com profissionais de competências e esferas diferentes das suas. É exatamente como se fazia antigamente: Eu planto feijão e você arroz. Desta forma, temos muito a trocar.
Essa tendência, que se iniciou como um happy hour convencional, hoje assume outros contornos, sendo os encontros até patrocinados pelas empresas, mesmo que esses encontros sejam de ex-funcionários!
No Brasil, o networking começou a ganhar força a poucos anos com a ajuda da Internet; mesmo assim os profissionais ainda não estão acostumados a utilizar este tipo de ferramenta na conquista por um novo emprego.
Isso significa que manter um bom relacionamento com chefes e colegas é sempre positivo. A contratação de um novo profissional é sempre um risco e um custo para a empresa, pois muitas contratações acabam não dando certo por falta de adaptabilidade do empregado ou da empresa. É sempre bom lembrar que os ex-colegas ou chefes também mudam de emprego, criando assim uma rede de relacionamentos, o networking.

Paulo Freire Biografia de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, método Paulo Freire, sistema de alfabetização de adultos, pensamentos, pedagogia do oprimido, livros de Paulo Freire

educador Paulo Freire 
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família  mudou para a cidade de Jaboatão.
Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Enquanto cursava a faculdade de direito, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a esposa, tem teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife.
No ano de 1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi, onde entra em contato com a alfabetização de adultos. Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso, apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo com suas idéias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política. 
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Durante a prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário municipal da Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África. Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Obras do educador Paulo Freire:
• A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001

domingo, agosto 21, 2011

As diferenças sociais

Ao trabalhamos com as charges dadas em sala de aula podemos observar, o quanto há desigualdadades no mundo.
As charges trazem ironicamente um assunto polêmico e que aflinge a toda população. Para analisarmos as mesmas foi necessário o conhecimento da sociologia, uma ciência que estuda os meios de comunicação em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em uma determinada situação ou assunto.



A primeira charge mostra como a degradação humana pode destruir a sociedade a qual fazemos parte. Onde as pessoas que moram no esgoto estão totalmente insatisfeitas, principalmente ao ler um jornal o qual passa uma mensagem revoltante para o leitor "Brasil fora da Copa".
O Brasil tem grande destaque no futebol.A Copa é a época a qual todas as pessoas fazem uma " apresentação" demonstrando todo o amor pela pátria,quando a mesma acaba ficamos arrasados.Porque na Copa gastamos muito para estar lá torcendo pelo nosso time,e quando tudo isso acaba a " máscara caí" e tudo volta a ser como antes.



Já na segunda charge é possivél observar nitidamente as diferenças nas classes socias. A aparência em casa um dos membros. Observa-se que o politico está sendo visto como um anjo com uma aureola e um sorriso perfeito, sendo candidato a reeleição, enquanto a população está sem dente e exercendo profissões não muito lucrativas.

Tópicos sobre Teóricos da sociologia



Émile Durkheim
~> Para Durkheim o fundamental para uma sociedade alcançar uma evolução e/ou desenvolvimento é necessário que a nação ou país focalize seus investimentos na educação.
~> " A vida social não é outra coisa que o meio moral, ou melhor, o conjunto dos diversos meios morais que cercam o individuo."
~> "Se existe um ponto fora de dúvida atualmente é que todos os seres da natureza, desde o mineral até o homem, dizem respeito à ciência positiva, isto é, que tudo se passa segundo as leis necessárias"
~> “Desses filósofos que legiferam diariamente sobre o método sociológico, sem ter jamais entrado em contato com os fatos sociais. Assim, somente depois que ensaiamos um certo número de estudos suficientemente variados, é que ousamos traduzir em preceitos a técnica que havíamos elaborado. O método que expusemos não é senão o resumo da nossa prática”

Auguste Comte
~>Comte dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática social, ou o estudo das forças que mantêm unida a sociedade; e Dinâmica social, ou o estudo das causas das mudanças sociais.
~>A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio.
~>Afirmou que os princípios subjacentes da sociedade são o egoísmo individual, que é incentivado pela divisão de trabalho, e a coesão social se mantém por meio de um governo e um estado fortes.
~>Comte também pensou que era necessário implantar uma ordem espiritual nova e secularizada a fim de suplantar o sobrenaturalismo ultrapassado da teologia cristã.

Max Weber
~>A ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos. É uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte.
~>A ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio.
~>A ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo, a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal.
~> A ação tradicional é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática. 

sábado, agosto 20, 2011

Professor ou Sofressor?


Um dos maiores problemas que enfrentamos é a falta de investimento necessária para uma educação de ótima qualidade e um reconhecimento mais do que necessário da importância do professor para toda a sociedade.
Outra questão que vivenciamos é que os professores dentro da nossa sociedade mercantilista sofreram um desprestígio que acarreta uma total quebra de nossa identidade e autoridade (diferente de autoritarismo) com o público em geral e com os próprios alunos dentro da sala de aula.
Essas são questões reais e sérias que afetam tanto nosso bolso, quanto nossa estima e equilíbrio. O que resulta desse acúmulo de contrariações é visto em várias escolas: professores esgotados, sem uma perspectiva, desanimados, as vezes se indispondo até mesmo com colegas de trabalho, sem ver uma real utilidade no seu ensino ou mesmo sem ver um interesse dos alunos.
Com certeza sabemos disso tudo não é verdade? E agora? Será que por vezes também não nos afogamos numa maré de quanto pior melhor? Se nosso salário fosse o justo (e saliento que devemos lutar por ele) será que não viveríamos também numa ilha de poucos felizardos diante da pobreza que atinge milhões aqui no Brasil?
O que quero dizer é que devemos nos dar conta que somos parte de um todo que também sofre com vários tipos de injustiças e que para reverter isso é necessário uma conscientização e ação conjunta. Precisamos urgentemente não só nos afogarmos nas queixas (justas por sinal), mas nadarmos ou construirmos algo juntos para uma melhora efetiva.
Acho que se ficarmos só ouvindo relatos de que nada presta, a tendência é desistirmos antes de tentarmos algo. Os protestos são legítimos, mas precisam vir acompanhados de sugestões ou de pelo menos revigoramento. É difícil lutar sem ouvir vez ou outra algo que nos motive.
Só um pensamento que repasso...somente isso!
Texto de Pascoal Júnior.

sexta-feira, agosto 19, 2011

DIA DO HISTORIADOR - 19 DE AGOSTO

AMO A HISTÓRIA. SE NÃO AMASSE, NÃO SERIA HISTORIADOR. FAZER A VIDA EM
DUAS: CONSAGRAR UMA À PROFISSÃO, CUMPRIDA SEM AMOR; RESERVAR OUTRA A
SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES PROFUNDAS – ALGO DE ABOMINÁVEL QUANDO A
PROFISSÃO QUE SE ESCOLHEU É UMA PROFISSÃO DE INTELIGÊNCIA. AMO A
HISTÓRIA E É POR ISSO QUE ESTOU FELIZ POR VOS FALAR, HOJE, DAQUILO QUE
AMO” – LUCIEN FEBVRE

Marc Bloch
                                                           
“O BOM HISTORIADOR SE PARECE COM O OGRO DA LENDA: ONDE FAREJA CARNE HUMANA, SABE QUE ALI ESTARÁ SUA CAÇA” – MARC BLOCH
“AINDA QUE OS HISTORIADORES TENHAM SIDO SEMPRE OS PIORES PROFETAS, CERTAMENTE, NO ENTANTO, PODEM AJUDAR A COMPREENDER AS HERESIAS ACUMULADAS QUE FIZERAM NÓS O QUE SOMOS HOJE” – ROGER CHARTIER
Roger Chartier
                                            
Robert Darnton
                     
“OS OUTROS POVOS SÃO DIFERENTES. E, SE QUEREMOS ENTENDER SUA MANEIRA DE PENSAR, PRECISAMOS COMEÇAR COM A IDÉIA DE CAPTAR A DIFERENÇA. QUANDO NÃO CONSEGUIMOS ENTENDER UM PROVÉRBIO, UMA PIADA, UM RITUAL OU UM POEMA,
TEMOS A CERTEZA DE QUE ENCONTRAMOS ALGO. ANALISANDO O DOCUMENTO ONDE
ELE É MAIS OPACO, TALVEZ SE CONSIGA DESCOBIR UM SISTEMA DE SIGNIFICADOS
ESTRANHOS. O FIO PODE CONDUZIR A UMA PITORESCA E MARAVILHOSA VISÃO DE
MUNDO” – ROBERT DARNTON
“A FUNÇÃO DO HISTORIADOR É LEMBRAR A SOCIEDADE DAQUILO QUE ELA QUER ESQUECER” – PETER BURKE
Peter Burke

Eric J Hobsbawm

“SER MEMBRO DA CONSCIÊNCIA HUMANA É SITUAR-SE COM RELAÇÃO AO SEU PASSADO” – ERIC J HOBSBAWM
“O mínimo que se pode exigir de um historiador é que ele seja capaz de refletir sobre a história de sua disciplina, de interrogar os diferentes sentidos do trabalho histórico, de compreender as razões que
levam à profissionalização de seu universo acadêmico. O mínimo que se
pode exigir de um educador é que seja capaz de sentir os desafios do
tempo presente, de pensar sua ação nas continuidades e mudanças do
trabalho pedagógico, de participar de uma maneira crítica da construção
de uma escola mais atenta às realidades sociais” – ANTÓNIO NÓVOA
António Nóvoa

P.S.= Sei que o português António Nóvoa não é historiador de formação e sim educador, mas é um dos mais proeminentes pesquisadores da área de História da Educação, defensor do diálogo transdisciplinar entre as
essas duas áreas do conhecimento e seus estudos na área tem o meu
reconhecimento e respeito.

Professor, você sabe o que é o Ideb e para que ele serve?


Projetos de lei prevêem que escolas divulguem sua pontuação nesse indicador

 
Perguntas e Respostas: O que é o Ideb e para que ele serve?
  
Reprodução/SXC
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007, mas ainda não é plenamente conhecido pelos brasileiros. Uma pesquisa do Ibope com a Fundação Victor Civita mostrou que 47% dos coordenadores pedagógicos de escolas não sabem o que significa o número.
Pelo menos três projetos de lei no Congresso Nacional, propostos neste ano, versam sobre a obrigatoriedade da divulgação do dado pelas escolas. A medida, de acordo com especialistas, pode ajudar a disseminar o indicador e fazer com que as famílias e profissionais das escolas busquem mais qualidade para a Educação.
No entanto, há também os que são contrários à medida, pois escolas que atendem alunos com dificuldades socioeconômicas podem enfrentar dificuldades para elevar seus indicadores, quando comparadas a outras instituições, cujos alunos são originários de famílias com condições mais favoráveis. Além disso, um Ideb baixo poderia provocar desestímulo à comunidade escolar.
Saiba abaixo um pouco mais sobre o Ideb:

O que é o Ideb?
É o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, uma das primeiras iniciativas brasileiras para medir a qualidade do aprendizado nacionalmente e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
 
Quando o Ideb foi criado? Quem fez?
O Ideb foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esse órgão é uma autarquia do Ministério da Educação (MEC).
 
Como varia o Ideb?
O Ideb das escolas e das redes de ensino varia em uma escala de zero a dez, assim como as notas escolares variam usualmente.
 
Para que serve o Ideb?
O Ideb é um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população. É um dado concreto, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias.

Como o Ideb é calculado?
A partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente. As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o País, realizados a cada dois anos.

Qual é a fórmula para o cálculo?
As notas das provas de língua portuguesa e matemática são padronizadas em uma escala de zero a dez. Depois, essa nota é multiplicada pela taxa de aprovação, que vai de 0% a 100%.
Por exemplo, se a média das notas nas provas de determinada escola for 7 e, se essa mesma escola tiver 70% de aprovação, seu Ideb será 4,9:
7 x 70% = 7 x 0,7 = 4,9

O que são as metas do Ideb?
Na criação do Ideb, foram calculadas metas de melhoria da Educação. Ou seja, se o País tem mais estudantes com boas notas e mais aprovados na escola, isso é sinal de que houve melhora no aprendizado e no sistema educacional. O Ministério da Educação (MEC) tem metas para cada uma das escolas e também para os municípios, estados e para a federação. Acesse aqui. (ou coloque o link em ‘metas’)

Qual é a meta geral do Ideb para o Brasil?
O objetivo principal, segundo o MEC, é que o Brasil conquiste 6 pontos no Ideb da primeira etapa do Ensino Fundamental até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil. Essa nota é equivalente à média dos estudantes dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2005, primeiro dado disponível (e anterior à criação do Ideb, em 2007), a nota do Brasil para essa etapa do ensino era 3,8.

As metas das escolas são todas iguais?
Não. As metas são diferenciadas para cada rede e escola. Estados, municípios e escolas deverão melhorar seus índices e contribuir, em conjunto, para que o Brasil chegue à meta 6 em 2022. Mesmo quem já tem um bom índice deve continuar a evoluir. No caso das redes e escolas com maior dificuldade, as metas prevêem um esforço mais concentrado, para que elas melhorem mais rapidamente, diminuindo, assim, a desigualdade.

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