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segunda-feira, dezembro 19, 2011

Poema escrito por Bruno Neves (aluno do curso de Pedagogia) ainda sem titulo...


Desapareço dentro de mim, me esqueço nos meus sonhos e tento me buscar nessa escuridão interna, onde tudo já se esvaiu nas minhas entranhas a muito não incumbido de seu próprio renegar.
E hoje, já não choro mais. Meus olhos nem sequer ardem ou sentem uma certa reciprocidade ao resto do meu corpo, e ainda tenho que suportar meus pesadelos mórbidos, frios e cataclísmicos. Minhas mãos queimam ao te tocar, e por mais que queira ou tente, não consigo sentir teu cheiro e é quando as amarras da solidão me sufocam garganta adentro e me faz perder os meus poucos sentidos.
Meu corpo inerte não responde as minhas vontades, buscando incessantemente por um abraço teu, e você, cada vez mais longe do alcance das minhas mãos, e aos poucos elas vão caindo e eu posso sentir enfim um sentimento que dói e me faz ranger os dentes de tão profunda dor... e agora esquecer-me não é uma opção, é a única saída para me ver livre dessa angústia compulsiva.
Frustração, desígnio amargo, é tudo o que eu tenho agora, morando comigo, dividindo as horas secas e tempos crônicos. E sinto agora uma auto-aversão de como eu fui... me desapegando inteiramente dos meus anseios de te ter sempre comigo. Comparo tudo agora com imperfeições, onde nada se encaixa, tudo se esvai e se corrompe bem diante dos meus pés.
Lembrar! Pra quê? Não quero mais continuar seguindo assim, onde estou desaparecendo, me tornando invisível até pra mim mesmo, e você, nada faz ou se importa. Já vejo o caminho obscuro do meu futuro, e segui-lo é o certo a se fazer, não é mais relevante ficar aqui, descansarei em minha alcova. Agora jaz em terras desconhecidas e inférteis, alguém que amou e se doou pra algo insensível e egoísta... Eu!

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